O esporte e política se misturam, e se tornam fascinantes.

Diversos ex-atletas, reconhecidos por suas realizações no esporte, alcançaram posições de liderança política. Alguns, inclusive, tornaram-se chefes de estado ou de governo.

Vamos explorar alguns casos notáveis e o impacto de suas gestões.

George Weah – Libéria

George Weah, ex-jogador de futebol e vencedor da Bola de Ouro, foi eleito presidente da Libéria em 2017.

Sua eleição gerou grande entusiasmo, especialmente entre os jovens, que o viam como um símbolo de esperança e renovação.

Durante seu mandato, Weah enfrentou desafios significativos, como a recuperação econômica e o combate à corrupção.

Apesar de implementar importantes reformas, sua gestão recebeu críticas por falta de transparência e eficácia em algumas áreas. Sua popularidade inicial ajudou a estabilizar o país e atrair investimentos estrangeiros.

Imran Khan – Paquistão

Imran Khan, ex-capitão da equipe de críquete do Paquistão, levou seu país à vitória na Copa do Mundo 1992. Após encerrar sua carreira esportiva, Khan entrou na política e fundou o partido Tehreek-e-Insaf (PTI).

Em 2018, ele foi eleito primeiro-ministro do Paquistão.

Khan prometeu combater a corrupção e melhorar a economia do país.

Sua gestão apresentou sucessos e desafios, incluindo a implementação de reformas econômicas e sociais. Recebeu críticas por sua política externa e resposta à pandemia de COVID-19.

A popularidade de Khan variou ao longo de seu mandato, refletindo a complexidade de governar um país com inúmeros desafios.

Romário – Brasil

Romário de Souza Faria, um dos maiores jogadores de futebol da história do Brasil, entrou na política após sua aposentadoria. Foi primeiramente eleito Deputado Federal em 2010 e, depois, senador pelo estado do Rio de Janeiro em 2014.

Sua carreira política focou em questões sociais e esportivas.

Romário propôs várias leis importantes, como aquelas voltadas à inclusão de pessoas com deficiência e promoção do esporte.

No entanto, ele também enfrentou críticas, especialmente por sua postura em questões políticas controversas.

Apesar disso, Romário manteve uma base de apoio significativa, refletindo sua popularidade duradoura como ídolo esportivo.

Schevchenko – Ucrânia

Andriy Shevchenko, um dos maiores jogadores de futebol da história da Ucrânia, teve uma carreira política interessante após se aposentar dos gramados.

Em 2012, ele anunciou sua aposentadoria do futebol e ingressou na política, filiando-se ao partido “Ucrânia – Avante!”.

Nas eleições parlamentares de 2012, Shevchenko concorreu a uma vaga no parlamento ucraniano, mas seu partido não conseguiu obter representação parlamentar.

Apesar desse revés inicial, Shevchenko continuou envolvido na política e no desenvolvimento do esporte em seu país.

Em 2024, ele foi eleito presidente da Associação Ucraniana de Futebol (UAF), assumindo a responsabilidade de promover e desenvolver o futebol na Ucrânia.

Sua eleição foi vista como um passo importante para revitalizar o esporte no país, especialmente em meio às dificuldades causadas pela invasão russa.

Shevchenko também expressou seu desejo de se tornar presidente da Ucrânia, mas até o momento, ele não conseguiu alcançar esse objetivo.

Sua carreira política tem sido marcada por um compromisso com o desenvolvimento do esporte e a promoção de valores positivos na sociedade ucraniana.

A popularidade dos esportistas que se tornaram parlamentares, chefes de estado ou de governo variou ao longo de suas gestões.

Em muitos casos, sua popularidade inicial foi impulsionada por sua fama esportiva e pela esperança de que trariam uma nova perspectiva para a política.

Conclusão

A presença de ex-atletas na política demonstra que o esporte tem capacidade não apenas de socializar, mas também de de moldar lideranças que transcendem as arenas de competição.

Por outro lado, a transição para a política é repleta de desafios, exigindo uma adaptação à complexidade da governança.

Os atletas que se tornaram lideranças políticas aliam a experiência esportiva com a representatividade e gestão públicas.

Por outro lado, a sua incursão na política tende a impactar a sua imagem e popularidade, seja positiva ou negativamente, o que deve ser bem refletido antes de se enveredar para tal desiderato.