Quem ganha mais no futebol mundial? Tal tema é frequente objeto de discussão entre torcedores e analistas. Por dessa dinâmica financeira, gera-se uma reflexão sobre o poder econômico das principais ligas e clubes ao redor do globo.
Em 2024, os valores pagos aos atletas de elite destacam tanto as disparidades regionais quanto o crescimento de mercados emergentes.
A seguir, segue uma reflexão sobre mercados em evidência nos dias atuais.
Espanha: tradição de craques bem remunerados
A “La Liga”, conhecida por ser o palco de grandes estrelas como Lionel Messi e Cristiano Ronaldo em seus tempos de Real Madrid e Barcelona, continua a atrair jogadores de alto nível.
Atualmente, atletas como Vinícius Júnior (Real Madrid) e Robert Lewandowski (Barcelona) estão entre os mais bem pagos da liga.
O Real Madrid e o Barcelona, apesar de desafios financeiros recentes, mantêm-se como os maiores pagadores, refletindo sua história e apelo global.
França: domínio financeiro do PSG
Na França, o Paris Saint-Germain (PSG) domina amplamente o cenário salarial.
O clube, financiado pelo fundo soberano do Catar, transformou a “Ligue 1” em um palco de grandes estrelas. Kylian Mbappé ultimamente foi o jogador mais bem pago do futebol francês. Continuou tendo um dos maiores salários do mundo, mesmo após a sua transferência para o Real Madrid.
Após a saída de Lionel Messi para a Major League Soccer (MLS), Mbappé consolidou sua posição como o centro das atenções em Paris. Além dele, jogadores como Neymar (antes de sua transferência para a Arábia Saudita) também contribuíram para colocar a Ligue 1 no mapa dos grandes salários.
Inglaterra: a mais rica do mundo
A “Premier League” é indiscutivelmente a liga mais rica do mundo. Gera receitas astronômicas provenientes de direitos de transmissão e patrocinadores.
Nomes como Kevin De Bruyne (Manchester City) e Mohamed Salah (Liverpool) estão entre os mais bem pagos, com vencimentos semanais que ultrapassam os milhões de euros.
Além disso, a capacidade dos clubes de médio porte na Inglaterra de oferecer salários competitivos destaca a robustez financeira da liga em comparação com outros campeonatos europeus.
Brasil: mercado em ascensão
O Brasil, apesar de não competir financeiramente com as principais ligas europeias, tem demonstrado crescimento em sua capacidade de atrair e manter jogadores de qualidade com salários significativos.
Clubes como Flamengo, Palmeiras e Atlético Mineiro lideram em termos de remuneração. Além deles, há outros times que, mesmo em condições mais limitadas, tem conseguido atrair jogadores de renome internacional.
Nos últimos anos, o retorno de jogadores que atuavam na Europa, como Gabriel Barbosa (Gabigol), Dudu, Oscar, Phillippe Coutinho e Memphis Depay, reflete a disposição dos clubes brasileiros de investir em talentos que podem elevar o nível competitivo do futebol nacional.
Itália: “ressurgimento” no cenário mundial
A “Serie A” italiana, embora tenha perdido parte de seu brilho em relação às décadas passadas, ainda paga salários elevados a jogadores de destaque.
Clubes como Juventus, Internazionale e Milan continuam a atrair atletas de renome, como Romelu Lukaku e Paulo Dybala.
A Juventus, em particular, lidera a folha salarial da liga, com jogadores recebendo montantes que competem com os melhores da Europa.
Alemanha: austeridade financeira com resultados
Na Alemanha, o Bayern de Munique é o grande protagonista quando se trata de salários.
Atletas como Harry Kane e Manuel Neuer figuram entre os mais bem pagos.
Apesar de seu poder econômico, a Bundesliga tem uma abordagem mais equilibrada. Nela, os clubes priorizam a sustentabilidade financeira ao invés de altos vencimentos. Isso não impede que jogadores de renome mundial escolham a Alemanha para atuar, devido ao nível competitivo da liga.
Arábia Saudita: ascensão meteórica
O campeonato saudita tem se destacado recentemente por sua agressividade no mercado de transferências, atraindo estrelas globais com salários astronômicos.
Cristiano Ronaldo, ao assinar com o Al-Nassr, inaugurou uma nova era para a liga, que posteriormente atraiu nomes como Karim Benzema, Neymar e outros jogadores de elite.
O objetivo claro é transformar a “Saudi Pro League” em um polo de futebol global, com vencimentos que rivalizam e, em alguns casos, superam os das principais ligas europeias.
China: mercado ainda relevante
Embora o campeonato chinês tenha perdido parte do ímpeto observado na década passada, quando atraía estrelas como Hulk e Oscar, os salários ainda são competitivos em nível regional.
A crise econômica e restrições impostas pelo governo limitaram a expansão. Mesmo assim, jogadores estrangeiros continuam a encontrar ofertas atrativas.
A China busca um equilíbrio entre sustentabilidade e competitividade. No entanto, está longe de competir com mercados emergentes como a Arábia Saudita.
Japão: consistência e qualidade
O futebol japonês, com a “J-League”, tem se consolidado como um mercado interessante para jogadores estrangeiros e locais.
O Japão não oferece os salários exorbitantes vistos em ligas como a Saudi Pro League ou na Europa. Contudo, clubes japoneses como Vissel Kobe e Yokohama F. Marinos são conhecidos por proporcionar pacotes salariais atrativos e uma estrutura profissional de alta qualidade.
Jogadores como Andrés Iniesta, que atuou no Vissel Kobe, trouxeram recentemente maior visibilidade à liga. Com isso, evidenciou-se que o Japão é um destino viável para atletas que buscam estabilidade e experiências culturais enriquecedoras. Ressaltou-se o que já se via nos anos 90 com Zico, Dunga e outros campeões.
A liga também valoriza o desenvolvimento de talentos locais, o que reflete na qualidade técnica crescente do campeonato.
Por fim, vejamos quem ganha mais no futebol (em dólares):
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Cristiano Ronaldo (Al-Nassr) – 285 milhões de dólares
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Messi (Inter Miami) – 135 milhões
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Neymar (Al-Hilal) – 110 milhões
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Benzema (Al-Ittihad) – 104 milhões
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Mbappé (Real Madrid) – 90 milhões
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Haaland (Manchester City) – 60 milhões
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Vini Jr. (Real Madrid) – 55 milhões
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Salah (Liverpool) – 53 milhões
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Sadio Mané (Al-Nassr) – 52 milhões
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De Bruyne (Manchester City) – 39 milhões
Os maiores salários do futebol mundial refletem não apenas a remuneração do talento individual, mas também a força financeira das ligas e o poder de negociação dos clubes.
Enquanto a Europa permanece como o epicentro do futebol de alto nível, mercados emergentes como Arábia Saudita e China mostram que o cenário global está mudando rapidamente.
Essa dinâmica reflete não apenas preferências esportivas, mas também tendências econômicas e culturais que moldam o futuro do esporte mais popular do mundo.