FUTEBOL E SEUS MUNDOS PARALELOS (PARTE 1)

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O futebol e seus mundos paralelos. Lembro de acompanhar futebol e seus mundos paralelos (parte1) ao menos desde os 5-6 anos de idade.

Lembranças vagas da Copa de 86 (México), sendo a primeira copa vista inteiramente a de 90, na Itália.

Naqueles mundos das copas, o fanatismo e paixão levavam a criançada a colecionar álbum de figurinhas, tabelinhas, cornetas, camisas e qualquer souvenir.

PAIXÃO

De lá pra cá já se passaram 10 copas, muita coisa se passou, porém uma NUNCA muda: a paixão, muitas vezes irracional, do nosso povo pela seleção.

FERNANDO DINIZ

Vimos o técnico Fernando Diniz a frente da nossa maior paixão: a nossa seleção. Colocou em prática seus conhecimentos futebolísticos que certamente não agradaram a todos (nem Jesus agradou).

É inegável que Diniz se trata de um grande profissional da bola, com frutos de seu trabalho colhidos recentemente. Faturou o Campeonato Carioca, com uma vitória acachapante sobre o Flamengo, além de uma incontestável Copa Libertadores.

Esta certamente foi a conquista de maior relevância do Fluminense e do próprio Diniz.

Na Libertadores, por exemplo, o trabalho de Diniz foi consagrado, elogiado e exaltado.

Com início avassalador nas 3 primeiras rodadas, esteve em perigo na segunda parte da primeira fase, porém acabou se classificando.

O resto foi história: despachou Argentino Juniors, Olímpia e Internacional (pra muitos o melhor duelo, com muito equilíbrio e emoção). A final coroou a trajetória épica: venceu em casa, no seu campo (Maracanã), o hexacampeão da competição Boca Juniors.

Pois bem, em paralelo ao belo trabalho no clube (que teve suas oscilações, o que é natural em tudo na vida), Diniz assumiu, em Julho deste 2023, a Seleção Brasileira. Mas foi interinamente, pois a nossa “organizada” CBF estava com ideia fixa em trazer Carlo Ancelotti.

Já este não abria o bico sobre o assunto mas, na realidade, as vezes até trouxe dúvidas a quantas andava esse “acerto” para ele assumir o Brasil.

MASSACRES

Os resultados do “dinizismo” tem sido bem diversos dos que ocorreram no Tricolor das Laranjeiras. Foram 2 vitórias (Bolívia e Peru), 1 empate (Venezuela) e 2 derrotas (pra Uruguai e Colômbia). Todos os jogos foram válidos pelas eliminatórias da Copa de 2026.

Diante desse quadro não muito animador, os nossos aficionados tupiniquins põem abaixo a presença do novel treinador. Dizem que não é técnico a nível de seleção, que suas ideias são arriscadas demais, ou que tomaremos até o risco de levar outros “7×1”.

Na verdade, não obstante as críticas, desde que “o mundo é mundo”, não se precisa de muita coisa pra se questionar aquele que estiver à frente da seleção brasileira.

Voltando aos tempos de meninice, tenho viva a lembrança de verdadeiros “massacres” a todos os corajosos treinadores que treinaram nossa esquadra canarinho.

LAZARONI

Sebastião Lazaroni em 90 foi muito criticado pela eliminação ”precoce” nas oitavas da Copa da Itália, “somente” para a Argentina de Maradona. Este, num lampejo de genialidade, acertou um belo passe pra Caniggia fazer o gol que nos despachou do mundial.

Poucos lembram, movidos pelo amargor da queda, que naquele jogo o Brasil pressionou muito a Argentina.

Na verdade, acabou caindo naquela máxima de que, “quem não faz, leva”.

PARREIRA

Veio a primeira passagem do Parreira em 91, sendo sucedido brevemente por Falcão. Mais tarde, em 1993, ele voltou para culminar no trabalho do Tetra.

Antes do título de 94, porém, ficou “consagrado”  pela primeira derrota da seleção na história das copas.

Foi em 93 contra a Bolívia, contra quem sucumbimos na altitude de La Paz, cujos efeitos influenciam negativamente no desempenho dos jogadores.

Naquele dia, não perdoaram nem Taffarel, pois em um dos gols a bola passou por debaixo de suas pernas. Ok, foi frango, mas era Taffarel, goleiro que desde a base foi um herói defendendo a seleção.

(continua no próximo artigo…)

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