CBF E DISPUTA PELO PODER – PARTE FINAL

Os Presidentes da CBF de 2017 a 2024, pela disputa do poder são: Coronel Nunes, Rogério Caboclo e Ednaldo Rodrigues.

Dando continuidade ao assunto CBF, desde 2017 a presidência passou por transições turbulentas e desafios de gestão para melhorar a imagem da instituição. 

1. Coronel Nunes (2017-2018)

Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, assumiu a presidência interina da CBF em 2017. Nunes já era figura conhecida no futebol, tendo sido presidente da Federação Paraense de Futebol. Sua ascensão ao cargo ocorreu em meio à saída de Marco Polo Del Nero, afastado pela FIFA devido a denúncias de corrupção.

Durante seu curto período no poder, Coronel Nunes focou em manter a continuidade administrativa. Assim, garantiu estabilidade em meio a participação do Brasil na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Embora sua gestão tenha sido discreta, ele enfrentou críticas pela falta de renovação na entidade e pela dificuldade em implementar mudanças significativas no futebol brasileiro.

2. Rogério Caboclo (2019-2021)

Rogério Caboclo assumiu a presidência da CBF em abril de 2019. Sua eleição foi marcada por um amplo apoio das federações estaduais. Caboclo prometeu modernizar a gestão da entidade, reforçar a transparência e melhorar o relacionamento com clubes e federações.

Apesar de algumas iniciativas positivas, como o aumento do investimento no futebol feminino e o aprimoramento da organização de competições nacionais, sua gestão foi marcada por controvérsias.

Em junho de 2021, Caboclo foi afastado da presidência devido a denúncias de assédio moral e sexual. O episódio gerou repercussões negativas, levantando questionamentos sobre a governança da CBF e a conduta de seus dirigentes.

A saída de Caboclo representou um momento de crise institucional, exigindo uma reorganização interna para restaurar a credibilidade da confederação. Ele foi oficialmente destituído em 2021 após decisão do Conselho de Ética da CBF.

3. Ednaldo Rodrigues (2022-Presente)

Ednaldo Rodrigues entrou na presidência da CBF em março de 2022. Foi o primeiro presidente nordestino e negro da história da entidade. Antes disso, Rodrigues foi presidente da Federação Baiana de Futebol por 18 anos.

Num primeiro olhar, sua eleição representou um marco na luta pela diversidade e inclusão no futebol brasileiro.

4. PROMESSAS

Ednaldo prometeu uma gestão mais ética, transparente e voltada para o desenvolvimento do esporte em todas as suas esferas. Desde que assumiu, tem se empenhado em modernizar a gestão da CBF, priorizando iniciativas como:

Valorização do Futebol Feminino: Aumentou o suporte financeiro às competições femininas e incentivou a participação de mulheres em cargos de liderança no futebol.

Combate ao Racismo e Discriminação: Ednaldo tem sido uma voz ativa no enfrentamento ao racismo nos estádios, reforçando campanhas de conscientização e punições para atos discriminatórios.

Fortalecimento do Futebol de Base: Implementou políticas para aumentar os investimentos nas categorias de base e fomentar o surgimento de novos talentos.

Em 2023, sob a liderança de Rodrigues, a seleção brasileira enfrentou desafios nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, enquanto a CBF trabalhou para renovar a comissão técnica da equipe principal, incluindo a escolha do novo treinador.

5. DESAFIOS

Durante as várias gestões houve enfrentamento de cenários distintos. Todos tiveram o desafio de recuperar a credibilidade da entidade e melhorar o desempenho do futebol brasileiro em campo.

A saída de Coronel Nunes marcou um período de transição, enquanto a gestão de Rogério Caboclo expôs a necessidade de maior ética e responsabilidade no comando da confederação.

Ednaldo Rodrigues, por sua vez, se esforça, promovendo valores como diversidade, transparência e desenvolvimento do futebol em todas as suas vertentes. A entidade busca um equilíbrio entre tradição e inovação, mirando tanto o sucesso esportivo quanto a integridade institucional.

6. CONCLUSÃO

No horizonte, a CBF enfrenta a responsabilidade, na disputa pelo poder, para fortalecer o futebol nacional. Em meio a preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2026, precisa manter o país como uma potência na modalidade. Para isso, precisa urgentemente tornar mais profissional e eficiente sua gestão, o que não é fácil.

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